31.3.07

Girlfriend

You´re so fine
I want you mine
you´re so delicious
I think about you all the time
you´re so addictive
Don´t you know what I can do to make you feel all right?

13.3.07

tenho



um coração saudosista, que dá cabo de mim.

11.3.07

28-10-2006


Sinto-te perto, sinto-te longe, não sei. Sinto, sobretudo, a tua falta. E tudo o mais que não disse, não se perdeu, senti-o. A parte mais difícil foi ver desvanecer-se, foi não fazer parte. Não mais quis que ter-te, amar-te. Incondicionalmente.

21.2.07

também Ontem

E é por saber que estiveste à distância de um abraço, de um simples gesto que não suporto a ideia de estar aqui, de me negar ao que mais quis na altura: sentir-te comigo. Mas acho que só quando te sentir perdido, irremediavelmente perdido (e já sinto, porque como diz a sabedoria popular "longe da vista, longe do coração") para quem te souber dar a atenção que pedias, ou para sempre, é que vou chorar e lamentar o desespero de nunca, ou quase nunca ter feito nada. Hei-de dizer então, que há quem precise de ti mais do que eu jamais precisei (é uma boa desculpa para uma dor sem remédio).

Ontem


(...)

A que deuses te devo, se te devo,
que espanto é este, se há razão pra ele?
Como te busco, então, se estás aqui,
ou, se não estás, porque te quero tida?
Quais olhos e qual noite?
Aquela
em que estiveste por me dizeres o teu nome.


Pedro Tamen

20.2.07

já dizia a Grey e muito bem,

"erquer barreiras não significa manter as pessoas de fora, mas sim, manter-te a ti cercado"

(Às vezes, mesmo sem que nos apercebamos e sem que queiramos caimos na pura acomodação. Não que nos sintamos bem com o que temos, por vezes, queremos mais, faltar-nos-á algo, mas o comodismo de dizer "estou bem como estou" instala-se e começa a ganhar muita consistência. O medo ganha lugar de forma disfarçada. Sim, tenho medo das pessoas, dos lugares, da luz, da escuridão, da infelicidade, da dor, de me rasgarem por dentro e de me esmigalharem a alma sem nunca mais conseguir voltar a unir o coração despedaçado. Será que sentir a alma repuxada por dentro é sinal de euforia, por nos sentirmos vivo, ou pista para descobrir que se é eternamente insatisfeito?... Coração, coração, sossega, deixa-te dormir e não acordes. Aconchega-te ao meu peito e repousa. Se tiveres que acordar, que seja por breves instantes, como aqueles que nos roubam violentamente momentos nocturnos de paz, mas que tão depressa como nos roubam nos devolvem, repentinamente, a quietude e a plenitude dos sonhos.)

15.2.07

Confidências II

"De tempos a tempos tenho desiluções. Recebo aquele pontapé fatal no coração que me faz repetir a partir desse momento: "não quero mais saber disto, o amor não existe!". Mas com o passar do tempo e dos acontecimentos, as cicatrizes começam a esbater-se e sem me dar conta, vou abrindo as portas a alguém que devagar, devagarinho, pé ante pe, entra na minha vida e, quando finalmente dou por mim, já ele me agarrou por dentro.
Convencida que desta é que é, escancaro portas, janelas e clarabóias para que ele veja, para que ele entenda o sentimento que levo dentro de mim, que quero levar até ele. Estendo-lhe a mão e senti-la dentro da dele é uma das melhores sensações do mundo. E de repente, o meu coração está nos meus e nos seus dedos, nas minhas linhas que se cruzam com as linhas da vida dele, do amor dele, da sorte dele.
Mas, por qualquer razão, com a mesma leveza com que se aproximou, ele afasta-se. Ele, o amor, esse elemento que tantas vezes nos trama e teima em prometer aquilo que acaba por não nos conseguir dar. Pois ainda houve um tempo eu que eu te quis dar a mão. Mas agora, agora não. Já não te quero dar a mão.
Estou em tempo de desilução."

11.2.07

Confidências

"Ultimamente ele surge à minha frente (seja no dia-a-dia, seja em sonhos) muito mais vezes que o previsto. Só não surgem borboletas na barriga porque num corpo que tenho à minha frente, não és tu quem eu vejo, nem sou eu que te tenho."

8.2.07

sem título

O sorriso mais desenfreado e traquina pode provocar as paixões mais avassaladoras. O abraço mais simples e espontâneo pode trazer-nos o maior conforto. Um olá de sorriso franco e aberto pode dar-nos forças para enfrentar qualquer adversidade quotidiana. Um beijo pode corromper todos os estereótipos e ruir todas as defesas que possuimos. Uma música pode relembrar-nos cheiros, pessoas, situações, locais e transportar-nos para outra dimensão. Uma ida rotineira para a escola pode transformar-se na melhor de todas se tivermos a melhor companhia de sempre. Os raios de sol que se intrometem por entre as frechas das nuvens nestes dias cinzentos, fazem-nos sentir que existe sempre esperança. Os imprevistos e as coisas mais incomuns que nos possam acontecer dão-nos bagagem para novas peripécias e experiências. Um telefonema inesperado pode culminar na melhor conversa do dia...

(Porque é que o coração ultrapassa tantas vezes a razão?)

24.1.07

Eu tentei ficar, juro que tentei.


Mas quase nunca conseguimos segurar e ter nas mãos, as curtas-metragens das nossas vidas nem as voltas tresloucadas do nosso coração... Então pedi-te que te fosses embora, para não ter que sentir que te deixei e para me conseguir iludir de que os meus passos tinham a convicção certeira de quem sabe para onde vai...
E não te vou dizer que é sempre bom, porque estaria claramente a mentir. Mas é quase sempre. É verdade que há dias em que se me corta o coração, de não puder sentir tudo de uma vez. No entanto, não ia conseguir que fosse de outra maneira. Não ia conseguir viver cheia de certezas e vontades mesquinhas que me sufocariam e me fariam andar numa corda ainda mais bamba.
Assim, estou cada vez mais apegada a estas vontades que emanam do chão, mas que nunca me prendem a ele nem me deixam voar de mais... Estas, que chamam o coração para o lado da razão de cada vez que ele fica mais do teu lado do que do meu...

Ás vezes, gostava que ele percebesse que estamos quase sempre do mesmo lado.


17.1.07

Desleixamo-nos, fazemos de conta, criamos certezas inexistentes, inventamos o sim tentando esquecer todos os nãos, e vingamos a ausência de quem nos escorregou por entre os dedos noutro alguém ou noutra qualquer janela que nos pareça facilitar a entrada de uma qualquer outra brisa. Aprendemos com o tempo e com as constantes ilusões e desiluções que não é o longe ou o perto que estragam os laços de gostar, mas sim os espaços vazios que se fazem questão de criar por entre todos os retalhos que existem cada vez que se gosta de alguém...
Mas mais tarde ou mais cedo vemo-nos enredados em pedaços de nós mal explicados e assim, te vais tornando o ausente de todos os ausentes.

Mas é sempre assim que acontece não é?

16.12.06


Ao contrário do que dizem por aí o amor não mata. Ele magoa, despedaça, corta, mas não destrói a alma. O brilho dos olhos é tão recuperável quanto o sangue derramado após um corte profundo. Mas o próprio corpo trata de esconder as perdas nos seus devidos lugares. Seja de que maneira for.

E o importante no meio de tudo isto, é saber que estiveste sempre ai, de uma maneira ou de outra, a tentar falar ou calar emoções que sempre me(nos) pareceram de mais. Não eram, não são nem vão ser ilusões; eram, são e vão ser sentimentos. Estivesse ao meu alcance a tua boca, o teu corpo, a tua pele num destes últimos dias e, eu arriscaria o meu orgulho e grande parte das minhas certezas e convivções para te mostrar e provar, que ao contrário do que nos parece, as coisas podiam ser bonitas. Muito mais bonitas do que um dia poderão ter sido, muito mais bonitas do que ás vezes, ainda são. Mas também é bom que saibas que não vou parar vidas por ti, que não me vou privar da brisa quente dos dias de verão, da chuva fria e do nevoeiro dos dias de inverno, nem do calor dos abraços, o qual pouco soubemos dar um ao outro. Não distribuo culpas. Não posso, nem quero viver, com essa cruz, de que um de nós falhou.

Hoje, adormeci e acordei com aquela sensação de que ficaram coisas por dizer, por fazer, que eu devia ter vivido mais uma hora neste ou naquele dia, que deiva ter mandado o tempo parar para eu não me atrasar (ainda mais).

Ás vezes pergunto-me, onde será que nos perdemos, se é que algum dia nos conseguimos realmente perder. Fico a pensar nos inúmeros olhares que trocamos, em todas as conversas e circunstâncias cúmplices que nos levaram a enlevar as mãos uma ou outra vez. Também me perco, a imaginar-te ao pé de mim, todos os dias como antes, penso nas vezes que te lembrarás de mim, de nós. Recordo as últimas coisas que me dizeste, as últimas mensagens que me escreveste, particularmente aquelas em que especificas-te que era para eu não responder. Tenho dias em que morro por te perguntar se ainda sentes a minha falta, se o teu coração ainda bate mais depressa de cada vez que eu me aproximo, se te sentes nervoso e com vontade de me sorrir quando falas comigo, quando estás perto de mim. E depois, no meio destas vontades todas, desta angústia que se instala à medida que reecontro fragmentos de episódios vividos, que fui deixando fugir ou simplesmente esquecendo ao longo do caminho, já não sei se penso em ti ou nas pessoas que tentei que se parecessem contigo, como se falasse metaforicamente para um retrato (fiel) de ti.

12.12.06

Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura. Grave e metódica até à mania, atenta a todas as subtilezas dum raciocínio claro e lúcido, não deixo, no entanto, de ser uma espécie de D. Quixote fêmea a combater moinhos de vento, quimérica e fantástica, sempre enganada e sempre a pedir novas mentiras à vida, num dom de mim própria que não acaba, não desfalece, não cansa!

Florbela Espanca


(para a Rita que embora possa não se identificar com o excerto, escreve textos deliciosos, quase que místicos, que eu adoro. como tal, gosto da escrita dela. da dela e da poesia da Florbela Espanca também*)

29.11.06

.6.

Passam dias
Passam noites
Só tu sabes o que é desesperar
As tuas horas são dois milénios
E aquela canção só vem lembrar

Tens o vício na memória
E o teu coração não quer voar
Sempre e só queres a vitória
Mas tens medo até de te encontrar

Não mexas no tempo
Pára de esperar por quem não vem
Pede ao mar e pede ao vento
Essa paz que o amor tem

Não mexas no tempo
Pensa que esperar não é perder
O reencontro ao fim de um tempo
É mais doce que viver

O tempo é algo intocável
Isto não é para esquecer
É no mais íntimo do tempo
Que não se deve mexer

.André Sardet


23.11.06

Amizade


"O tempo passa a correr.
Os dias avançam, assim como os meses e os anos. Os hábitos mudam, os valores mudam, as crenças mudam. As pessoas mudam! Os objectos mudam de lugar, as paredes mudam de cor, umas enchem-se com mais fotografias e escritos, outras nem tanto. As recordações apagam-se, outras perdem a importância que um dia tiveram. Um dia.
Mas em oposição, há coisas que dificilmente se perdem... Há coisas que ficam para sempre, e que resistem ao frio, à chuva, à distância física, ao tempo. E conjuntamente com elas coexistem novas coisas, descobrem-se novas pessoas, novos objectos, tiram-se novas fotografias, começam a formar-se novas e doces recordações sem nunca perder o sentimento pelas coisas que ficam para sempre."

(para a Filipa e para a Ana*)

20.10.06

Antes que seja tarde

Estou a ouvir Mafalda Veiga e instintivamente apetece-me escrever. Ao ouvi-la cantar lembro-me e penso nas pessoas que me são mais queridas. Vêm-me à cabeça, as vezes em que já não experimentei o sentimento de impotência e frustação que é, quer seja numa relação de amizade, de amor, de família ou até mesmo de trabalho, ficarmos com a sensação de que tudo ficou por dizer quando perdemos alguém ou quando simplesmente nos afastamos de alguém.
No meu entender, pelo menos uma vez na vida já todos sentimos que gostávamos de ter dito qualquer coisa que não soubemos ou não quisemos dizer enquanto era tempo. Nem sequer é preciso referir-me à morte para constatar a inevitabilidade deste sentimento de perda; basta olhar um pouco para trás e ver quantas pessoas se cruzaram comigo e me tocaram sem que fosse capaz de lhes retribuir.
Este sentimento está bem patente logo em casa, com os pais. Falando na 1ª pessoa sinto que nunca lhes agradeçerei o suficiente pelo que fizeram e continuam a fazer por mim todos os dias, sendo também verdade que por serem meus pais, facilmente os confronto, num misto de conflito interior, devoção e sentimento de culpa.
Para não dramatizar excessivamente nem permitir que este texto se torne muito pessoal e lamechas, o meu ponto de vista é bem simples e traduz-se numa frase do género: não basta gostar de alguém, é preciso mostrar que gostamos. Muito.
Portanto, hoje com Mafalda Veiga no ouvido e imensas memórias e lembranças a palpitar no coração, faço uma promessa a mim mesma; tentar não me esquecer de mostrar melhor que gosto de quem gosto. Antes que seja tarde.

(os posts seguintes serão dedicados a alguém. este é para o suposto SHB*)

10.10.06

.5.

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir

E quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

Amigo é coisa para se guardar
Do lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam não
Mesmo esquecendo a razão

O que importa é ouvir a voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai-se encontrar

Milton Nascimento, "Canção da América"