27.12.05

Dezembro é sempre sinónimo de férias, Natal, família, balanço e despedida de um ano que voa das nossas mãos. Olho para trás e vejo lágrimas e sorrisos, alegrias e angústias, dias nublosos e outros resplandescentes, tudo misturado. É por isso, que gosto de ficar fechada em casa num ou em mais do que um dia, no final do mês de Dezembro, para o balanço do que fiz, do que não fiz, do que quero fazer.
Numa época em que cada minuto vale uma hora e em que cada hora passa a correr espero ter tempo. Tempo para parar e sentir, para reavaliar prioridades, para oferecer a quem merece, para hoje sem a preocupação de amanhã.
O Natal já passou mas vem aí o Ano Novo. A correria, a azafáma, a euforia, a ansiedade, a esperança, o optimismo, a alegria, etc. todos estes adjectivos e nomes personificam a passagem de ano.
Cabe a cada um de nós ser feliz e fazer felizes todos aqueles que conseguirmos! No meio de todo o barulho e agitação que percorrerá a noite de 31 de Dezembro desejo que arranjemos um segundo para ouvir o suave múrmurio do nosso coração: ele recorda-nos que, no fim, permanecerá o Amor... Um ano de 2006 cheio de boas surpresas! Que permaneçam :)


26.12.05

Podia ser de tarde. Ou de manhã, ou de madrugada. Tanto fazia. Importante era que chegasses e que me prendesses nos teu braços. Importante era que me beijasses e me roubasses a alma. Importante era que o bater do teu coração fosse doce. Importante era que me segredasses que nada era mais importante, significativo e especial que um segundo, que mil segundos comigo. Depois podia render-me ao fado e morrer na saudade.

8.12.05

Contradição

Todos temos um passado, um presente e um futuro. O meu presente anda envolto em nevoeiro, o meu passado está ao virar da esquina a convidar-me para um café e o futuro é uma brecha de luz.
Se há algo que nunca posso fazer é esquecer o passado. Ele foi importante, e continua a ser, embora de outra forma. Está guardado, recolhido numa gaveta de entre muitas que tenho dentro de mim. Abro-as de vez em quando a medo...e desta vez tive tanto medo.
Sou frágil, insegura e muito lamechas. Ligo a coisas que passam ao lado à maior parte das pessoas. E isso dói quando me sinto mais só.
Todos temos fases. Esta é só mais uma...mas bolas! Custa, custa tanto. E dói. Não quero parecer fraca, mas custa-me enfrentar o rair do dia, as mesmas caras, as mesmas pessoas. Custa-me desiludir-me a mim mesma, e principalmente aqueles que estão sempre aqui, os meus pais. Acho que são aqueles que mais magoo mesmo sem querer. Costumo ficar nostálgica com o Natal. As luzes nas ruas, as compras, o desejo de "Boas-Festas", as férias.Adoro adoro adoro. Mas as luzes não estão acessas, não estou com grande predisposição para compras, só quero férias.
E quero um futuro risonho. Quero que a nublina desapareça, que o café seja só um, que a brecha de luz transborde por qualquer frecha. Quero ser mais EU.
Passado, presente ou futuro?! Qualquer um serve. Ou melhor a interligação dos três. Principalmente o presente. O presente é o meu eu. Pode não ser perfeito, mas nada é. Sou imperfeita, impulsiva, arrogante, teimosa, "cabeça-dura", perguiçosa...mas sou eu.

Ando sem tempo.Por isso, tomem lá uns beijinhos! *