O melhor que em nós existe não é nosso. Não depende de avaliações, porque não resulta daquilo que sabemos, do que conquistámos ou do que podemos apropriar-nos. Por isso, amar é dar o melhor de nós mesmos. Quanto mais usufrímos do que somos e temos, sem reclamar pelo que não nos é dado, mais inteiros estamos e mais verdadeiro pode ser o amor, que através de nós, se espalha.
Há uma grande diferença entre apreciar a companhia de alguém e amar essa pessoa: olhá-la tal como ela é, independentemente do lugar que ocupa no mundo, da forma como orienta a sua vida e do facto de nos ser útil seja em que campo for. Por conseguinte, só a partir desta consciência, desta linha, ténue na maioria das vezes, que separa ambos os factos, percebemos que, para que o verdadeiro amor possa fluir por entre as malhas e incertezas da nossa vida, temos de ir aprendendo a despojar-nos da necessidade de pessoas que apenas gostem de estar conosco.
Embora, não possua grandes filosofias e experiências de vida, tenho a minha própria concepçcão sobre o amor. O verdadeiro, aquele que nos ensina, nos estimula, regenera e faz viver feliz, é o que sai de nós, por si só. É ao mantermos o nosso coração aberto que os outros podem recebê-lo, porque o verdadeiro amor é algo que, ao transbordar, preenche espaços vazios não porque o vazio o atraia, mas por ser inesgotável.
Em suma, é através da nossa pequenez que podemos dar e receber algo de grandioso, de ilimitado, de sem fim. Amar é essa abertura total do coração que nos permite deixarmo-nos assim conduzir. E, é por isso, e para isso, que importa dizer de forma tranquila e serena: Isto é o que eu sou. Hoje. E é para esta pessoa - não para nenhuma outra idealizada - que tenho de olhar sem fugir de nada que dela faça parte. Porque só aprendendo a amá-la cada vez com menos medo, poderei espalhar à minha volta, cada vez mais, o amor sem fim que em mim existe e que é, precisamente, o que me faz ser aquilo que sou. Hoje, amanhã e por aí adiante.
adaptado de "outra porta", por Maria José Costa Félix, Revista Xis
Há uma grande diferença entre apreciar a companhia de alguém e amar essa pessoa: olhá-la tal como ela é, independentemente do lugar que ocupa no mundo, da forma como orienta a sua vida e do facto de nos ser útil seja em que campo for. Por conseguinte, só a partir desta consciência, desta linha, ténue na maioria das vezes, que separa ambos os factos, percebemos que, para que o verdadeiro amor possa fluir por entre as malhas e incertezas da nossa vida, temos de ir aprendendo a despojar-nos da necessidade de pessoas que apenas gostem de estar conosco.
Embora, não possua grandes filosofias e experiências de vida, tenho a minha própria concepçcão sobre o amor. O verdadeiro, aquele que nos ensina, nos estimula, regenera e faz viver feliz, é o que sai de nós, por si só. É ao mantermos o nosso coração aberto que os outros podem recebê-lo, porque o verdadeiro amor é algo que, ao transbordar, preenche espaços vazios não porque o vazio o atraia, mas por ser inesgotável.
Em suma, é através da nossa pequenez que podemos dar e receber algo de grandioso, de ilimitado, de sem fim. Amar é essa abertura total do coração que nos permite deixarmo-nos assim conduzir. E, é por isso, e para isso, que importa dizer de forma tranquila e serena: Isto é o que eu sou. Hoje. E é para esta pessoa - não para nenhuma outra idealizada - que tenho de olhar sem fugir de nada que dela faça parte. Porque só aprendendo a amá-la cada vez com menos medo, poderei espalhar à minha volta, cada vez mais, o amor sem fim que em mim existe e que é, precisamente, o que me faz ser aquilo que sou. Hoje, amanhã e por aí adiante.
adaptado de "outra porta", por Maria José Costa Félix, Revista Xis