Amanhã quando acordares, sentirás a minha inexistência na tua vida. Vais levantar-te sem o meu cheiro entre os teus lençóis, sem o aroma salgado da junção da tua pele com a minha.
Vais dirigir-te à cozinha, encostar-te-às à bancada e fumarás um cigarro. O teu primeiro cigarro do dia, aquele que quando acordavámos juntos, eu nunca te deixei saborear. Vais sentir-te realizado numa satisfação ilusória e pensarás na minha estúpida relação com o tabaco. O gosto pelo cheiro e pela sensualidade inerente ao acto que algumas pessoas têm, a meu ver versus o facto de detestar que alguém fume.
Abrirás a janela e sentirás que o sol está diferente. Menos quente, menos reconfortante e menos espontâneo. O ar não estará mau, mas sim menos bom. Faltará lá a minha gargalhada parva, o meu beijo repinpando na tua face enquanto os meus braços se enrolam à volta do teu pescoço. Faltará lá o pó de açúcar com o qual eu polvilhava o teu corpo e temperava a tua vida antes de te largar, e com o qual eu te sussurava intimamente um "até logo". Vais sentir falta do regaço que sempre te ofereci sem esperar nada em troca.
E quando te aperceberes estarás a divagar numa noante sem retorno. Será como se existisse um rio a separar o teu "eu" do "eu" que eras quando estava contigo. A linha ténue que nos afastou parecer-te-à tão nítida e tão clara que cada vez mais, sentirás a distância. O regato correrá nessa linha ténue mais e mais para trás, para ser engolido pela sua nascente.
E eu ficarei aqui, onde me largaste e tu ficarás aí, onde paraste e donde não conseguirás partir. E será mais um dia. Só mais um. Daqueles infindáveis dias em que a minha concepção de amor se emarenha em ti e te sufoca.
Vais dirigir-te à cozinha, encostar-te-às à bancada e fumarás um cigarro. O teu primeiro cigarro do dia, aquele que quando acordavámos juntos, eu nunca te deixei saborear. Vais sentir-te realizado numa satisfação ilusória e pensarás na minha estúpida relação com o tabaco. O gosto pelo cheiro e pela sensualidade inerente ao acto que algumas pessoas têm, a meu ver versus o facto de detestar que alguém fume.
Abrirás a janela e sentirás que o sol está diferente. Menos quente, menos reconfortante e menos espontâneo. O ar não estará mau, mas sim menos bom. Faltará lá a minha gargalhada parva, o meu beijo repinpando na tua face enquanto os meus braços se enrolam à volta do teu pescoço. Faltará lá o pó de açúcar com o qual eu polvilhava o teu corpo e temperava a tua vida antes de te largar, e com o qual eu te sussurava intimamente um "até logo". Vais sentir falta do regaço que sempre te ofereci sem esperar nada em troca.
E quando te aperceberes estarás a divagar numa noante sem retorno. Será como se existisse um rio a separar o teu "eu" do "eu" que eras quando estava contigo. A linha ténue que nos afastou parecer-te-à tão nítida e tão clara que cada vez mais, sentirás a distância. O regato correrá nessa linha ténue mais e mais para trás, para ser engolido pela sua nascente.
E eu ficarei aqui, onde me largaste e tu ficarás aí, onde paraste e donde não conseguirás partir. E será mais um dia. Só mais um. Daqueles infindáveis dias em que a minha concepção de amor se emarenha em ti e te sufoca.