Estou a ouvir Mafalda Veiga e instintivamente apetece-me escrever. Ao ouvi-la cantar lembro-me e penso nas pessoas que me são mais queridas. Vêm-me à cabeça, as vezes em que já não experimentei o sentimento de impotência e frustação que é, quer seja numa relação de amizade, de amor, de família ou até mesmo de trabalho, ficarmos com a sensação de que tudo ficou por dizer quando perdemos alguém ou quando simplesmente nos afastamos de alguém.
No meu entender, pelo menos uma vez na vida já todos sentimos que gostávamos de ter dito qualquer coisa que não soubemos ou não quisemos dizer enquanto era tempo. Nem sequer é preciso referir-me à morte para constatar a inevitabilidade deste sentimento de perda; basta olhar um pouco para trás e ver quantas pessoas se cruzaram comigo e me tocaram sem que fosse capaz de lhes retribuir.
Este sentimento está bem patente logo em casa, com os pais. Falando na 1ª pessoa sinto que nunca lhes agradeçerei o suficiente pelo que fizeram e continuam a fazer por mim todos os dias, sendo também verdade que por serem meus pais, facilmente os confronto, num misto de conflito interior, devoção e sentimento de culpa.
Para não dramatizar excessivamente nem permitir que este texto se torne muito pessoal e lamechas, o meu ponto de vista é bem simples e traduz-se numa frase do género: não basta gostar de alguém, é preciso mostrar que gostamos. Muito.
Portanto, hoje com Mafalda Veiga no ouvido e imensas memórias e lembranças a palpitar no coração, faço uma promessa a mim mesma; tentar não me esquecer de mostrar melhor que gosto de quem gosto. Antes que seja tarde.
No meu entender, pelo menos uma vez na vida já todos sentimos que gostávamos de ter dito qualquer coisa que não soubemos ou não quisemos dizer enquanto era tempo. Nem sequer é preciso referir-me à morte para constatar a inevitabilidade deste sentimento de perda; basta olhar um pouco para trás e ver quantas pessoas se cruzaram comigo e me tocaram sem que fosse capaz de lhes retribuir.
Este sentimento está bem patente logo em casa, com os pais. Falando na 1ª pessoa sinto que nunca lhes agradeçerei o suficiente pelo que fizeram e continuam a fazer por mim todos os dias, sendo também verdade que por serem meus pais, facilmente os confronto, num misto de conflito interior, devoção e sentimento de culpa.
Para não dramatizar excessivamente nem permitir que este texto se torne muito pessoal e lamechas, o meu ponto de vista é bem simples e traduz-se numa frase do género: não basta gostar de alguém, é preciso mostrar que gostamos. Muito.
Portanto, hoje com Mafalda Veiga no ouvido e imensas memórias e lembranças a palpitar no coração, faço uma promessa a mim mesma; tentar não me esquecer de mostrar melhor que gosto de quem gosto. Antes que seja tarde.
(os posts seguintes serão dedicados a alguém. este é para o suposto SHB*)