19.8.08

Se procurarmos e tentarmos ver o bom de cada situação ou peripécia quotidiana, acredito que haverá sempre uma saída. Depois de meses de vivência contínua com pessoas de todas as idades, indefesas algumas, saudosas, sozinhas e isoladas outras, todas elas me ensinaram que "amanhã é um novo dia". Embora me custe, é nisto que eu tenho que acreditar e, era isto que me fazia levantar todos os dias de manhã e me dava algum alento para as oito horas de trabalho que me esperavam. A convivência diária com os meus colegas, fez-me perceber que a empatia se estabelece e ocorre com base em confiança, entre-ajuda e respeito. Cumplicidade, inconformismo, vontade de aprender, orgulho, saber escutar e aprender a consentir mesmo que não concordemos faz parte do percurso académico e social. Quero muito ajudar, sentir-me útil e contribuir para o bem-estar de mim, daqueles que me rodeiam e estão mais próximos e de todos os outros com quem me cruzar. Estou certa de que todos temos uma missão, uma vocação para a qual seremos mais prendados e através da qual possamos sentir-nos realizados e dar graças pelo que possuimos. No meu entender, a grande riqueza da vida consiste em possuir saúde, amor, família, amigos, emprego e outros recursos que nos ajudem a adquirir estabilidade aos mais diversos niveís. A aparência, aquilo que está à vista nem sempre nos compromete mas algumas vezes ilude. Aprender a viver com os outros nem sempre é fácil, ser-se imparcial é muitas vezes difícil, mas a aprendizagem é constante e contínua, portanto novas etapas me esperam. Obrigada a quem comigo partilhou cinco meses e meio de momentos bons na sua maioria e alguns menos bons que foram atenuados pelo esforço recompensado.