24.9.05

.Sagitário.

"Os sagitarianos são uma singular combinação de inteligência e engenho que somado ao grande ímpeto que põem nos seus actos os transformam em arqueiros que quase sempre acertam na "Muge".
Gesticuladores, faladores e directos não se privam de se expressar às claras.O seu optimismo reflecte-se na expressão.Os olhos são geralmente vivos e ternos, o rosto é comprido e oval, com uma testa larga e alta.Os lábios são firmes quase sempre prontos para um sorriso.
De carácter inquieto e confiança em si mesmos, deixam-se atrair pelo perigo e, como eternos idealistas, reclamam as injustiças, sentido um verdadeiro desdém pelo comportamento convencional.
Confidentes naturais, embora nem sempre consigam guardar segredo os sagitarianos possuem uma presença forte, vital com muita extroversão.Boa fé é coisa que não se lhes pode negar e a sua intenção é sempre a melhor.
Brandos, generosos, simpáticos e encantadores, é natural que tenham montões de amigos que lhes querem de verdade, mas de quando em quando o sagitariano aponta o arco e acerta uma "flechada", mas está provado, Não mata Ninguém!...(às vezes)."

Acreditas na Astrologia? ;)

23.9.05

*

E hoje perdi-me no infinito dos teus olhos.Cinzentos com uma pitada de verde claro à mistura...Doces, ternos e brihantes.Foram eles que me restituiram o sorriso ao rosto, foram eles que me fizeram confiar no amanhã.
E enquanto escrevo estas linhas é a imagem deles que tenho em mente.Cinzentos, amendoados, esverdeados e com um toque de castanho claro a trespassar-lhes a íris.O castanho claro só se nota bem quando te encontras na direcção do sol, a rir muito ou a sorrir com a cara toda.Reparei hoje.Estranho não é? Olhar para ti num dos intervalos e fixar-te o olhar.
Rio-me quando me dou conta da insignificância da situação.Mas bolas eu achei-os tão bonitos que não podia deixar de referi-los.Conferem-te um olhar espontâneo e verdadeiro miudo.E é verdadeiramente delicioso senti-los pousados em mim...

22.9.05

Feel like shit.

15.9.05

Sopro do Coração...

Sim o amor é vão É certo e sabido Mas então (porque não) porque sopra ao ouvido O sopro do coração Se o amor é vão Mera dor Mero gozo Sorvedouro caprichoso No sopro do coração... Mas nisto o vento sopra doido E o que foi do corpo num turbilhão Sopra doido E o que foi do corpo alado nas asas do turbilhão Nisto já nem do ar precisas Só meras brizas, Raras Raras Raras Corto em dois limão Chego ao ouvido Ao fresco Ao barulho Á acidez do mergulho No sangue do coração Pulsar em vão É bem dele É bem isso E apesar disso eriça a pele No sopro do coração...

Clã - Sopro do Coração

13.9.05

Eu...

Adoro conversar mas também preciso do silêncio e de tudo aquilo que ele tem em si;
Gosto de ser directa com as pessoas mas não gosto de as magoar;
Oiço de tudo um pouco mas o que oiço tem de mexer comigo e tocar-me ao coração;
Adoro escrever mas muitas das vezes perco a paciência e só sai merda;
Sou uma pessoa aberta q.b. mas detesto que se metam na minha vida;
Sei ser extrovertida especialmente com quem conheço mas às vezes coro e fico envergonhada;
Não rio nem solto uma gargalhada com extrema facilidade mas sorrio com a cara toda, muitas vezes ao dia e muitos dias;
Não sou extremamente fútil mas preciso das minhas pequenas vaidades;

Tenho paciência que chegue para ouvir mas não gosto que abusem dela;
Falo muito e na maior parte das vezes não digo nada de jeito mas sei ouvir e compreender quando é preciso;
Confesso-me orgulhosa mas assumo os meus erros e perdoo facilmente;
Derreto-me com pessoas simpáticas e cultas mas fico de pé atrás quando o tentam ser sem o serem;
Sou refilona mas adoro que me dêm miminhos, abraçinhos e beijinhos;
Adormeço muito bem mas tenho mau acordar;
Ajudo e confio quando acho que assim devo fazer mas não suporto que me mintam;
Preciso dos meus amigos para ser o que sou mas não gosto que me tentem moldar à sua maneira ou conforme lhe convém (estes não são amigos);
Quero ser independente mas quando as coisas não correm bem, é à mamã que recorro e é a ela que peço ajuda;
Sou impulsiva e sensível mas a cada dia que passa tento controlar melhor as minhas emoções e os meus sentimentos;
Tento viver a Vida o melhor que posso atirando-me de cabeça e arriscando mas cada vez mais, tenho consciência de que vale a pensar pensar mais do que uma vez antes de agir;
Gosto de ser como sou mas por vezes a voz na consciência irrita-me...

11.9.05

E hoje deu-me vontade de escrever palavras bonitas, palavras apaixonadas, palavras lamechas direccionadas a alguém.A ti, a ti, a ti, e somente a ti.
Arrelia-me o facto de não conseguir controlar as emoções e os sentimentos.Será assim tão difícil?! Para mim é.
Apetece-me escrever disparates que depois me façam corar de vergonha.Quero escrever por escrever, para acalmar a carência que sinto.Enquanto não consigo, suporto tudo isto que trago cá dentro.E são coisas tão parvas que logo que me sento a olhar para o ecrã, a vontade esmorece e as palavras não saem.Mas depois abro a minha playlist e, vêm as músicas e com elas as letras cheias de amor.E a seguir entro no msn e deparo-me com frases românticas.Merda!Será que hoje tudo o que oiço e vejo vem impenegrado de amor?
Não quero um namorado.Estou bem como estou e sinto-me bem assim.(Repito isto tantas vezes que até me sinto ridícula.)Mas de vez em quando tenho saudades...não duma pessoa em concreto, mas dos sorrisos, dos olhares cúmplices, das carícias, da entrega num simples olhar.Dá vontade de ter o mundo outra vez na mão, entendes? Oh, não tu não me entendes.Nunca me entendes.És a moleza que me acompanha, enquanto me denuncia os gestos, os olhares, os desejos, os movimentos.Será que me denunciaste hoje nas conversas banais? E no outro dia nos olhares meio desviados, no concerto? Será?! Espero que não.Não valeria a pena.Dar a entender algo que não quero ou dar indícios que quero aquilo que não quero, é aquilo que menos quero fazer.Frase confusa, tal como eu...Enfim estou carente.De verdade?, perguntas-me tu.Responde-te a minha mão a deslizar pelo teclado...Escreve um sim silencioso e singelo.Sim, acho que é isso.Se não, qual seria a razão para um texto tão absurdo e tão mimado como este? Bolas tenho tanta coisa boa!Para quê, tudo isto?!
Não sei e, enquanto escrevo estas palavras a música que me acompanha, ainda mais me intensifica a angústia.You ande Me, Lifehouse.Lifehouse tem-me preenchido os dias e todos os bocadinhos livres que tenho.E acho que vai continuar, pelo menos por hoje.Posso parecer maluca mas ao mesmo tempo que quero alterar a playlist, não quero.Afinal, gosto das músicas e sempre posso imaginar uma história com um final feliz daqui a algum tempo.Até lá percorro a estrada que me direccionará a ti.A ti, que és o meu príncipe encantado ou sapo imaginário que, às vezes, eu tanto desejo.
Não liguem, devaneios destes ocorrem-me todos os dias...

10.9.05

"Renascer"

"O espaço e o tempo, dois infinitos que se estendem para além de todas as coisas.As pessoas que estão perto e vão ficando cada dia mais próximas.A voz, os risos, o olhar.As mãos que falam, os silêncios que dizem, os gestos que traduzem.O prazer de estar ali e não em outro lugar.(...)

Marguerite Yourcenar escreveu um dia que "o Outono e o Inverno limpam tudo pelo vazio e pelo vento" e é também essa a grandeza da vida.A possibilidade de fazer de novo, de limpar tudo e recomeçar.De poder renascer.

Tudo passa e tudo se esquece ou transforma e é bom saber que acima das montanhas existe luz sobre azul e, debaixo desse imenos céu, permanecem intactas muitas coisas e muitas pessoas.Nem tudo se perde, portanto.

E depois há os momentos em que as palavras se sentem e as emoções se calam.Há a fragilidade dos dias e uma força indecifrável que nos empurra e faz caminhar.(...)

E é na abstracção das horas de um tempo que parece suspenso que pressinto que não temos apenas um lugar no mundo."

in Renascer, Xis Ideias para Pensar, de Laurinda Alves


Amo a escrita de Laurinda Alves.Este livro é um dos meus predilectos.Quando o li percebi que ia ser mais um dos livros que me acompanha onde quer que eu vá.Assim, relei-o sempre que sinto necessidade.Hoje apeteceu-me e resolvi postar parte da crónica que li.Acho que nos próximos tempos, postarei mais excertos deste livro e de artigos da revista Xis.

8.9.05

Efémero?

O vento dança com o meu cabelo.Eu acompanho-o enquanto enrolo entre os dedos mais uma madeixa encaracolada.Sentada no baloiço fico entretida com o sussurar do vento e com os meus pensamentos.Sei que voltei a cair no oceano do nada mas, desta vez é diferente.Eu quis cair, foi melhor assim.Contudo, deparei-me com todas as minhas dúvidas.Questionei tudo outra vez, sem saber bem porquê.Peço certezas.Peço convicções.
Quem mas dá? Eu mesma daqui a algum tempo.Quando as tempestades passarem, quando a aurora já não trouxer junto com os primeiros raios de sol, novas dúvidas e novos receios.Será tudo isto efémero? Impossível viver sem medo, sem tudo isto que trago cá dentro, mesmo sabendo que alguém está aí, mesmo sabendo que esse alguém está comigo.

7.9.05

Nalgum lugar incerto.

Perdida na noite encontro-me rodeada por uma interacção de cores, sons, movimentos.
Os tons são quentes, propícios a encontros e desencontros, quem sabe.São atractivos ao ponto de me prenderem facilmente.Fico fascinada e perco-me em mim mesma.
Juntam-se à música que está na ponta da língua e que impele o corpo ao movimento.Os cinco sentidos despertam e fazem com que ele se mova por si só.Eu não o comando apenas lhe sigo os movimentos como se fosse um holograma fora dele.
Ao fundo ouve-se uma gargalhada acolhedora e simpática.Lembra-me as gargalhadas da Patrícia, com a qual troco um olhar cúmplice.Alguém acompanha a gargalhada em questão, e o espírito entra sem a pressão do sentir, sem a pressão do ser.
E é então que sinto que te queria ver de novo, sem saber bem o porquê.
Talvez quisesse que naquele momento o meu coração voltasse a bater de ansiedade por algo novo...algo que me despertasse.
Talvez quisesse completar, aquela animada noite, com a tua presença, com o teu sorriso.
Talvez precisasse de ver, simplesmente, que mais cedo ou mais tarde, sempre voltarias ao ponto de partida onde me deixaste.E aí, tudo seria diferente...

4.9.05

*

"quando gosto muito das pessoas nunca digo a ninguém como se chamam. é como entregar uma parte delas. aprendi a apreciar a descrição. parece-me ser a única coisa que pode tornar a vida moderna misteriosa ou maravilhosa aos nossos olhos. a coisa mais banal pode ser encantadora se a ocultarmos. hoje em dia, quando deixo a cidade, nunca digo aos meus para onde vou. se o fizesse, perdia o prazer. é uma mania estúpida, devo confessa-lo, mas que de algum modo me parece conferir uma boa dose de romance à vida. deves julgar-me incrivelmente tolo por pensar assim..."

Oscar Wilde in O retrato de Dorian Gray