9.12.12

Regresso à escrita. A estas palavras que querem sair em catadupa, aos sentimentos que afloram e não me deixam sossegar. Quero paz de espírito, será que conseguirei?
Normalmente escrevo em fases, ou de grande paixão e felicidade, ou de alguma comoção e desilusão. Hoje estou numa de negativismo. 
Do que são feitas as relações? Em que se baseiam os enredos que tecem os relacionamentos? A intuição feminina faz sentido? Devemos guiar-nos por ela? Devemos investir mesmo após uma desilusão? Mesmo acreditando que não foi propositada, é difícil ultrapassar e seguir em frente.
À sensivelmente um ano atrás, andei numa fase parecida, cheia de angústia e desconforto interior. E o que é engraçado é que é devido à mesma pessoa. Isto quererá dizer alguma coisa? Estarei a arrastar um relacionamento que não terá futuro? Sempre fui uma pessoa desprendida nos relacionamentos, até encontrar "o tal". Sê-lo-á? Haverá reciprocidade?...
Existem coincidências? Eu acredito pouco em coincidências e, acho que é por isso, que estou tão magoada e desiludida. Sim, um dos grandes chavões dos relacionamento é que a confiança é um pilar. E as atitudes que demonstram alguns gestos e sentimentos? Tenho pena, se esta minha sensação e, algumas consequentes atitudes de ciúme (nunca me imaginei ciumenta) acabarem por ditar algum afastamento e, talvez um rumo diferente do que eu sempre imaginei, sonhei, idealizei. É saudável "ver as vistas" e, tenho que pensar que se um homem realmente gostar e amar, não larga aquilo que tem no coração, nem o deixa escapar. Mas também tenho que prometer a mim mesma, "cuidar mais de mim" e, se tiver que tomar alguma decisão que o seja.
Hei-de ser feliz, esta instabilidade emocional que me angustia e me deixa com "os nervos à flor da pele" é que tem que cessar.