3.9.08

A Vida

Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei quando nunca pensei decepcionar-me, mas também já decepcionei alguém.
Já abracei para proteger, já ri quando não podia rir, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, amado e não amei.
Já gritei e saltei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, sofri algumas vezes.
Já chorei a ouvir música e a ver fotografias, já liguei só para escutar uma voz, apaixonei-me por um sorriso, já pensei que ia morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial.
Mas vivi! E ainda vivo... Não passo pela vida! Vivo! É bom ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.

Charlie Chaplin

19.8.08

Se procurarmos e tentarmos ver o bom de cada situação ou peripécia quotidiana, acredito que haverá sempre uma saída. Depois de meses de vivência contínua com pessoas de todas as idades, indefesas algumas, saudosas, sozinhas e isoladas outras, todas elas me ensinaram que "amanhã é um novo dia". Embora me custe, é nisto que eu tenho que acreditar e, era isto que me fazia levantar todos os dias de manhã e me dava algum alento para as oito horas de trabalho que me esperavam. A convivência diária com os meus colegas, fez-me perceber que a empatia se estabelece e ocorre com base em confiança, entre-ajuda e respeito. Cumplicidade, inconformismo, vontade de aprender, orgulho, saber escutar e aprender a consentir mesmo que não concordemos faz parte do percurso académico e social. Quero muito ajudar, sentir-me útil e contribuir para o bem-estar de mim, daqueles que me rodeiam e estão mais próximos e de todos os outros com quem me cruzar. Estou certa de que todos temos uma missão, uma vocação para a qual seremos mais prendados e através da qual possamos sentir-nos realizados e dar graças pelo que possuimos. No meu entender, a grande riqueza da vida consiste em possuir saúde, amor, família, amigos, emprego e outros recursos que nos ajudem a adquirir estabilidade aos mais diversos niveís. A aparência, aquilo que está à vista nem sempre nos compromete mas algumas vezes ilude. Aprender a viver com os outros nem sempre é fácil, ser-se imparcial é muitas vezes difícil, mas a aprendizagem é constante e contínua, portanto novas etapas me esperam. Obrigada a quem comigo partilhou cinco meses e meio de momentos bons na sua maioria e alguns menos bons que foram atenuados pelo esforço recompensado.

28.4.08

Pérolas e Despertares


Cada sorriso, cada olhar, cada beijo teu é uma vitória inesperada, que me preenche quando me julgava já completa para o dia.
E aí, a vida irrompe em nós, e achamos possível corromper com essa energia todas as almas moribundas.

26.4.08

Regresso

Hoje apeteceu-me escrever. Não sei identificar qual a razão que me fez regressar ao espaço que deixei hibernar, não sei se as saudades apertaram demais ou se poderiam continuar adormecidas. Muitas coisas aconteceram desde que escrevi aqui pela última vez. Todavia, continuo a concordar com o Sebastião da Gama e a considerar-me uma sonhadora irremediável. Acho que quero mudar um pouco o estilo que aqui perenizava. Mas não sei se conseguirei deixar os meus devaneios de lado e partilhar somente as coisas de que mais gosto, aquilo que me preenche e dá prazer, que dá cor e leveza à vida. De qualquer forma, há uma sensação boa a rechear este regresso inesperado. E isso é bom. Digo eu.

19.9.07


Nunca são as coisas mais simples que aparecem quando as esperamos.
O que é mais simples como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se encontra no curso prevísivel da vida.
Porém, se nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos nos empurrou para fora do caminho habitual, então as coisas são outras.
Nada do que se espera transforma o que somos se não for isso: um desvio no olhar, ou a mão que se demora no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios.

Nuno Júdice in «Poesia Reunida»

17.8.07

Fazes-me Falta


Fazes-me falta. Saudades de te abraçar, de me perder de encontro ao teu peito, das tuas carícias nas minhas mãos, macias como a leveza de uma pluma, eu a sentir fecharem-se-me os olhos, num enleio suave, enquanto tu me beijas a testa e me sussuras ao ouvido. A cidade, os bancos de jardim, as conversas, os lugares percorridos autopsiados pela tua sensibilidade incomensurável, a música lá longe e a conversa a fluir, pacífica, serena, ardente. Sorrisos e mais sorrisos, as mãos dadas, os abraços, os beijos roubados e as borboletas na barriga. O aperto no peito na hora da despedida, o brilho nos meus grandes berlindes castanhos, num misto de comoção e desejo. A saudade de ti, de nós. Dolorosa.


para outro F da minha vida, este o meu tesouro*

A carta que chega tarde

Sabes agora que se passou mais de um ano sobre o que poderia ter sido a nossa história e que reli mensagens que ainda guardo tuas e também te revi e estive contigo acho que sei a razão pela qual não quis "avançar, para juntos, darmos sentido ao gostar-se um do outro". Tive medo do amor.
Tive medo da intensidade que cada palavra tua imprimia. Querias embriagar-me com as tuas frases, o teu amor que tanto tinha de viciante e convidativo. Quase conseguiste. Mas esperaste tempo demais ou então fui eu que mudei.

Eu poderia ter-te amado. Porque gostar de ti, sei que gostei. Foste e és-me ainda muito especial. Mas o amor recalcado que me ensombrava, as músicas, os locais que me faziam recordar esse amor, o mais marcante em mim talvez por ser o de adolescente iludida e deslumbrada impediram que a força e a coragem se transformassem em vontade e me levassem até ti, fazendo com o meu coração se abrisse para ti.
Porém, faltaram-me as palavras certas e defendi-me da pior maneira, magoando-te a ti. Fechei-me a ti, ao teu sentimento e a tudo de bom que ele (e tu) me poderiam ter trazido. E depois de algumas conversas e tentativas da tua parte, perdi-te. Não na totalidade nem para sempre, mas de certa forma uma parte de ti fechou-se para mim (porque eu quis dirás e, é verdade).

O que resta são as palavras que trocamos. Que nunca estarão gastas, e das quais, apesar de tudo, eu nunca me esquecerei. Nem de ti. Por isso, sabe-me tão bem pensar em nós no outro dia, numa noite quente na esplanada a tomar café e num passeio a colocar a conversa em dia, como bons amigos.

para um dos F da minha vida*

15.7.07

A nova do Jorge Palma


"Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim."

6.6.07

Guardiães de Tesouros


Passamos boa parte da nossa vida a quebrar correntes, a cortar cabos, a arrancar raízes, a ensaiar fugas de corredores apertados, escapadelas e desvios de caminhos sinuosos, apenas para chegar à sentinela que irá proteger o nosso tesouro. E quando o encontramos sentimo-nos em porto seguro, aconchegados, protegidos e em paz. Somos invadidos por uma serenidade inexplicável, incomensurável e uma alegria imensa. É nestas alturas, em que se dá o salto para o escuro, que deixamos de confiar o nosso tesouro só em nós, para o partilhamos com alguém, sob risco de se não o fizermos ficarem degraus por subir.

5.6.07

*sweet heart beat*

Eu só quero que voçê saiba
Que eu estou pensando em voçê
Agora e sempre mais

Eu só quero que voçê ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintoma de saudade
Tô pensando em voçê
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de voçê
Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
Eu só quero que voçê caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais

Eu só quero que voçê siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás
Tô com sintoma de saudade
Tô pensando em voçê
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de voçê
Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que voçê saiba
Que eu estou pensando em voçê
Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

A Sua, Marisa Monte

31.5.07

*SHB*

"Ain´t no sunshine when she´s gone.
It´s no warm when she´s away.
Ain´t no sunshine when she´s gone
And she´s always gone too long anytime she goes away.

Wonder this time where she´s gone,
Wonder if she´s gone to stay
Ain´t no sunshine when she´s gone
And this house just ain´t no home anytime she goes away.

(...)

Hey, i ought to leave the young thing alone,
But ain´t no sunshine when she´s gone, only darkness everday.
Ain´t no sunshine when she´s gone
And this house just ain´t no home anytime she goes away."

*SHB*

"It might not be the right time
I might not be the right one
But there´s something about us i want to say
Cause there´s something between us anyway"

3.5.07

entre corações e palavras

Não te vou tirar dos braços a que pertences, que te envolvem e, se entrelaçam no teu corpo aos fins-de-semana, nem vou abdicar de me deixar entrelaçar e abraçar por uns braços que não os teus, mas que me fazem feliz, me transmitem segurança, cumplicidade... (e mais qualquer coisa de especial).

22.4.07

"It could be sweet, like a long forgotten dream."

Apareces-me à frente com a leveza com que o fazes todos os dias, movimentas-te com um à-vontade quase irreal, cumprimentas e falas com todas as pessoas com quem te cruzas sem qualquer problema, distribuis sorrisos, apertos de mão, beijinhos, que me fazem rir, de cada vez, que espero por ti mais um ou outro minuto, enquanto cumprimentas alguém.
Sabes, sabe-me bem ter estado contigo nestes últimos dias; ter conversas banais, discutir ideais, projectos de vida enquanto te olho com um sorriso meio embeveçido e repito para mim que és um lunático e um utópico amador.
Quero acreditar que melhor é sempre possível, e por isso não vou usar o para sempre, se te tenho aqui hoje. Não vou pedir para ficares eternamente sabendo eu que ficas hoje, amanhã e enquanto para ti o "nós" fizer todo o sentido.
É, é bom saber que existem pessoas assim, que nos fazem sorrir quando pensamos nelas, mesmo que seja pelo mais ínfimo e ilusório pormenor.

1.4.07

entre corações e palavras

tenho ciúmes de quem te percorre o corpo e te faz ferver, de quem se atira nos teus braços e te tira de mim. de quem te quer tanto como eu e até te tem mais tempo por perto, enquanto eu me perco sozinha e esqueço de ti. mas agora tenho um medo terrível de que esse alguém se mude de cunha e mala para o teu coração, ocupe um espaço que lhe parece destinado (e que está neste momento por ela ocupado). não quero vir a sofrer o amor que nutro por ti em vez de o viver sem pensar, de o fazer todos os dias, entre corações e palavras.

31.3.07

Girlfriend

You´re so fine
I want you mine
you´re so delicious
I think about you all the time
you´re so addictive
Don´t you know what I can do to make you feel all right?

13.3.07

tenho



um coração saudosista, que dá cabo de mim.

11.3.07

28-10-2006


Sinto-te perto, sinto-te longe, não sei. Sinto, sobretudo, a tua falta. E tudo o mais que não disse, não se perdeu, senti-o. A parte mais difícil foi ver desvanecer-se, foi não fazer parte. Não mais quis que ter-te, amar-te. Incondicionalmente.

21.2.07

também Ontem

E é por saber que estiveste à distância de um abraço, de um simples gesto que não suporto a ideia de estar aqui, de me negar ao que mais quis na altura: sentir-te comigo. Mas acho que só quando te sentir perdido, irremediavelmente perdido (e já sinto, porque como diz a sabedoria popular "longe da vista, longe do coração") para quem te souber dar a atenção que pedias, ou para sempre, é que vou chorar e lamentar o desespero de nunca, ou quase nunca ter feito nada. Hei-de dizer então, que há quem precise de ti mais do que eu jamais precisei (é uma boa desculpa para uma dor sem remédio).

Ontem


(...)

A que deuses te devo, se te devo,
que espanto é este, se há razão pra ele?
Como te busco, então, se estás aqui,
ou, se não estás, porque te quero tida?
Quais olhos e qual noite?
Aquela
em que estiveste por me dizeres o teu nome.


Pedro Tamen