17.8.07

Fazes-me Falta


Fazes-me falta. Saudades de te abraçar, de me perder de encontro ao teu peito, das tuas carícias nas minhas mãos, macias como a leveza de uma pluma, eu a sentir fecharem-se-me os olhos, num enleio suave, enquanto tu me beijas a testa e me sussuras ao ouvido. A cidade, os bancos de jardim, as conversas, os lugares percorridos autopsiados pela tua sensibilidade incomensurável, a música lá longe e a conversa a fluir, pacífica, serena, ardente. Sorrisos e mais sorrisos, as mãos dadas, os abraços, os beijos roubados e as borboletas na barriga. O aperto no peito na hora da despedida, o brilho nos meus grandes berlindes castanhos, num misto de comoção e desejo. A saudade de ti, de nós. Dolorosa.


para outro F da minha vida, este o meu tesouro*

A carta que chega tarde

Sabes agora que se passou mais de um ano sobre o que poderia ter sido a nossa história e que reli mensagens que ainda guardo tuas e também te revi e estive contigo acho que sei a razão pela qual não quis "avançar, para juntos, darmos sentido ao gostar-se um do outro". Tive medo do amor.
Tive medo da intensidade que cada palavra tua imprimia. Querias embriagar-me com as tuas frases, o teu amor que tanto tinha de viciante e convidativo. Quase conseguiste. Mas esperaste tempo demais ou então fui eu que mudei.

Eu poderia ter-te amado. Porque gostar de ti, sei que gostei. Foste e és-me ainda muito especial. Mas o amor recalcado que me ensombrava, as músicas, os locais que me faziam recordar esse amor, o mais marcante em mim talvez por ser o de adolescente iludida e deslumbrada impediram que a força e a coragem se transformassem em vontade e me levassem até ti, fazendo com o meu coração se abrisse para ti.
Porém, faltaram-me as palavras certas e defendi-me da pior maneira, magoando-te a ti. Fechei-me a ti, ao teu sentimento e a tudo de bom que ele (e tu) me poderiam ter trazido. E depois de algumas conversas e tentativas da tua parte, perdi-te. Não na totalidade nem para sempre, mas de certa forma uma parte de ti fechou-se para mim (porque eu quis dirás e, é verdade).

O que resta são as palavras que trocamos. Que nunca estarão gastas, e das quais, apesar de tudo, eu nunca me esquecerei. Nem de ti. Por isso, sabe-me tão bem pensar em nós no outro dia, numa noite quente na esplanada a tomar café e num passeio a colocar a conversa em dia, como bons amigos.

para um dos F da minha vida*

15.7.07

A nova do Jorge Palma


"Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim."

6.6.07

Guardiães de Tesouros


Passamos boa parte da nossa vida a quebrar correntes, a cortar cabos, a arrancar raízes, a ensaiar fugas de corredores apertados, escapadelas e desvios de caminhos sinuosos, apenas para chegar à sentinela que irá proteger o nosso tesouro. E quando o encontramos sentimo-nos em porto seguro, aconchegados, protegidos e em paz. Somos invadidos por uma serenidade inexplicável, incomensurável e uma alegria imensa. É nestas alturas, em que se dá o salto para o escuro, que deixamos de confiar o nosso tesouro só em nós, para o partilhamos com alguém, sob risco de se não o fizermos ficarem degraus por subir.

5.6.07

*sweet heart beat*

Eu só quero que voçê saiba
Que eu estou pensando em voçê
Agora e sempre mais

Eu só quero que voçê ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintoma de saudade
Tô pensando em voçê
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de voçê
Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
Eu só quero que voçê caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais

Eu só quero que voçê siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás
Tô com sintoma de saudade
Tô pensando em voçê
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de voçê
Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que voçê saiba
Que eu estou pensando em voçê
Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

A Sua, Marisa Monte

31.5.07

*SHB*

"Ain´t no sunshine when she´s gone.
It´s no warm when she´s away.
Ain´t no sunshine when she´s gone
And she´s always gone too long anytime she goes away.

Wonder this time where she´s gone,
Wonder if she´s gone to stay
Ain´t no sunshine when she´s gone
And this house just ain´t no home anytime she goes away.

(...)

Hey, i ought to leave the young thing alone,
But ain´t no sunshine when she´s gone, only darkness everday.
Ain´t no sunshine when she´s gone
And this house just ain´t no home anytime she goes away."

*SHB*

"It might not be the right time
I might not be the right one
But there´s something about us i want to say
Cause there´s something between us anyway"

3.5.07

entre corações e palavras

Não te vou tirar dos braços a que pertences, que te envolvem e, se entrelaçam no teu corpo aos fins-de-semana, nem vou abdicar de me deixar entrelaçar e abraçar por uns braços que não os teus, mas que me fazem feliz, me transmitem segurança, cumplicidade... (e mais qualquer coisa de especial).

22.4.07

"It could be sweet, like a long forgotten dream."

Apareces-me à frente com a leveza com que o fazes todos os dias, movimentas-te com um à-vontade quase irreal, cumprimentas e falas com todas as pessoas com quem te cruzas sem qualquer problema, distribuis sorrisos, apertos de mão, beijinhos, que me fazem rir, de cada vez, que espero por ti mais um ou outro minuto, enquanto cumprimentas alguém.
Sabes, sabe-me bem ter estado contigo nestes últimos dias; ter conversas banais, discutir ideais, projectos de vida enquanto te olho com um sorriso meio embeveçido e repito para mim que és um lunático e um utópico amador.
Quero acreditar que melhor é sempre possível, e por isso não vou usar o para sempre, se te tenho aqui hoje. Não vou pedir para ficares eternamente sabendo eu que ficas hoje, amanhã e enquanto para ti o "nós" fizer todo o sentido.
É, é bom saber que existem pessoas assim, que nos fazem sorrir quando pensamos nelas, mesmo que seja pelo mais ínfimo e ilusório pormenor.

1.4.07

entre corações e palavras

tenho ciúmes de quem te percorre o corpo e te faz ferver, de quem se atira nos teus braços e te tira de mim. de quem te quer tanto como eu e até te tem mais tempo por perto, enquanto eu me perco sozinha e esqueço de ti. mas agora tenho um medo terrível de que esse alguém se mude de cunha e mala para o teu coração, ocupe um espaço que lhe parece destinado (e que está neste momento por ela ocupado). não quero vir a sofrer o amor que nutro por ti em vez de o viver sem pensar, de o fazer todos os dias, entre corações e palavras.

31.3.07

Girlfriend

You´re so fine
I want you mine
you´re so delicious
I think about you all the time
you´re so addictive
Don´t you know what I can do to make you feel all right?

13.3.07

tenho



um coração saudosista, que dá cabo de mim.

11.3.07

28-10-2006


Sinto-te perto, sinto-te longe, não sei. Sinto, sobretudo, a tua falta. E tudo o mais que não disse, não se perdeu, senti-o. A parte mais difícil foi ver desvanecer-se, foi não fazer parte. Não mais quis que ter-te, amar-te. Incondicionalmente.

21.2.07

também Ontem

E é por saber que estiveste à distância de um abraço, de um simples gesto que não suporto a ideia de estar aqui, de me negar ao que mais quis na altura: sentir-te comigo. Mas acho que só quando te sentir perdido, irremediavelmente perdido (e já sinto, porque como diz a sabedoria popular "longe da vista, longe do coração") para quem te souber dar a atenção que pedias, ou para sempre, é que vou chorar e lamentar o desespero de nunca, ou quase nunca ter feito nada. Hei-de dizer então, que há quem precise de ti mais do que eu jamais precisei (é uma boa desculpa para uma dor sem remédio).

Ontem


(...)

A que deuses te devo, se te devo,
que espanto é este, se há razão pra ele?
Como te busco, então, se estás aqui,
ou, se não estás, porque te quero tida?
Quais olhos e qual noite?
Aquela
em que estiveste por me dizeres o teu nome.


Pedro Tamen

20.2.07

já dizia a Grey e muito bem,

"erquer barreiras não significa manter as pessoas de fora, mas sim, manter-te a ti cercado"

(Às vezes, mesmo sem que nos apercebamos e sem que queiramos caimos na pura acomodação. Não que nos sintamos bem com o que temos, por vezes, queremos mais, faltar-nos-á algo, mas o comodismo de dizer "estou bem como estou" instala-se e começa a ganhar muita consistência. O medo ganha lugar de forma disfarçada. Sim, tenho medo das pessoas, dos lugares, da luz, da escuridão, da infelicidade, da dor, de me rasgarem por dentro e de me esmigalharem a alma sem nunca mais conseguir voltar a unir o coração despedaçado. Será que sentir a alma repuxada por dentro é sinal de euforia, por nos sentirmos vivo, ou pista para descobrir que se é eternamente insatisfeito?... Coração, coração, sossega, deixa-te dormir e não acordes. Aconchega-te ao meu peito e repousa. Se tiveres que acordar, que seja por breves instantes, como aqueles que nos roubam violentamente momentos nocturnos de paz, mas que tão depressa como nos roubam nos devolvem, repentinamente, a quietude e a plenitude dos sonhos.)

15.2.07

Confidências II

"De tempos a tempos tenho desiluções. Recebo aquele pontapé fatal no coração que me faz repetir a partir desse momento: "não quero mais saber disto, o amor não existe!". Mas com o passar do tempo e dos acontecimentos, as cicatrizes começam a esbater-se e sem me dar conta, vou abrindo as portas a alguém que devagar, devagarinho, pé ante pe, entra na minha vida e, quando finalmente dou por mim, já ele me agarrou por dentro.
Convencida que desta é que é, escancaro portas, janelas e clarabóias para que ele veja, para que ele entenda o sentimento que levo dentro de mim, que quero levar até ele. Estendo-lhe a mão e senti-la dentro da dele é uma das melhores sensações do mundo. E de repente, o meu coração está nos meus e nos seus dedos, nas minhas linhas que se cruzam com as linhas da vida dele, do amor dele, da sorte dele.
Mas, por qualquer razão, com a mesma leveza com que se aproximou, ele afasta-se. Ele, o amor, esse elemento que tantas vezes nos trama e teima em prometer aquilo que acaba por não nos conseguir dar. Pois ainda houve um tempo eu que eu te quis dar a mão. Mas agora, agora não. Já não te quero dar a mão.
Estou em tempo de desilução."

11.2.07

Confidências

"Ultimamente ele surge à minha frente (seja no dia-a-dia, seja em sonhos) muito mais vezes que o previsto. Só não surgem borboletas na barriga porque num corpo que tenho à minha frente, não és tu quem eu vejo, nem sou eu que te tenho."

8.2.07

sem título

O sorriso mais desenfreado e traquina pode provocar as paixões mais avassaladoras. O abraço mais simples e espontâneo pode trazer-nos o maior conforto. Um olá de sorriso franco e aberto pode dar-nos forças para enfrentar qualquer adversidade quotidiana. Um beijo pode corromper todos os estereótipos e ruir todas as defesas que possuimos. Uma música pode relembrar-nos cheiros, pessoas, situações, locais e transportar-nos para outra dimensão. Uma ida rotineira para a escola pode transformar-se na melhor de todas se tivermos a melhor companhia de sempre. Os raios de sol que se intrometem por entre as frechas das nuvens nestes dias cinzentos, fazem-nos sentir que existe sempre esperança. Os imprevistos e as coisas mais incomuns que nos possam acontecer dão-nos bagagem para novas peripécias e experiências. Um telefonema inesperado pode culminar na melhor conversa do dia...

(Porque é que o coração ultrapassa tantas vezes a razão?)