24.3.09

Ouve-se dizer que na faculdade é cada um por si. Vivenciá-lo custa. E trabalhos de grupo onde somos prejudicados também custa. E estar a ficar doente nesta altura da caminhada enerva.

Saudades

De ser caloira, das festas do 1º ano e cansada do estudo e do trabalho cada vez mais árduo. "Da vida de estudante como vou ter saudades... a minha alma chora por te deixar oh cidade"

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não resisto a transcrever a letra toda. falta-me um ano e meio e eu já estou nostálgica...
"Chegamos aqui um dia
Em busca de um ideial
P´ro futuro sonhado
Se poder tornar real
Entre aulas e estágios
Sem tempo p´ra parar
Surgiram amizades
Que p´ra sempre vão ficar
Hoje de capa traçada
Despedimo-nos a cantar
Dos amigos das noitadas
E da cidade que nos viu formar
Nova vida vamos ter
Mas por muito que passe o tempo, Esald vamos prometer
Ficas no nosso pensamento
Á noite correndo a cidade
A lua como guardiã
Saímos todos p´ra rua
Em folia até de manhã
Da vida de estudante
Como vou ter saudade
A minha alma chora
Por te deixar, oh cidade
Hoje de capa traçada
Despedimo-nos a cantar
Dos amigos das noitadas
E da cidade que nos viu formar
Nova vida vamos ter
Mas por muito que passe o tempo, Esald vamos prometer
Ficas no nosso pensamento"
Despedida

10.2.09

Gostamos muito das pessoas e elas às vezes desiludem-nos. Magoam-nos, talvez sem se aperceberem, afastam-se. Modificam-se, novas amizades e conhecimentos surgem e as coisas sucedem-se.
Damo-nos conta de que quem é verdadeiramente importante permanece, de quem realmente nutre por nós afecto, ternura e amizade.
A amizade pode ser entendida por um mero sorriso, um silêncio conjunto ou simplesmente uma troca de olhares. Sinto e nutro amizade por pessoas com quem não contacto todos os dias, algumas raramente, mas gosto mesmo muito delas. Adoro-as.
E essas sei que as terei sempre comigo, perto ou longe, trago-as no coração. Por oposição, algumas que pensava enquadrar bem no círculo começam a escapar-se. Se calhar foi porque eu permiti que assim o fosse mas neste caso ela simplesmente partiu.
Gostei de te acompanhar até agora na caminhada mas não sei se quererás a minha presença daqui para a frente. Cresceste, alcançaste novos horizontes e no meio de tudo isso perdi-me. Não fiz força para permanecer, mas também não senti a mão, o abraço e a vontade do teu lado. Boa viagem, não te invejo as asas nem os sonhos, desejo-te felicidade e alegria.
Boa caminhada, melhor é sempre possível...

22.1.09

é só mais um dia mau...

Muitas vezes sinto que me perdi de mim. Por detrás de uma aparente serenidade, escondem-se inquietações, levanto-me perguiçosamente e vivo como se fosse um relógio a marcar as 24h interminável, impiedoso e ininterruptamente. Dou por mim a lembrar sombras de sonhos, vontades que há muito deixei fugir e sinto-me desolada pela plasticina a que me moldo. Perdi-me em promessas frustadas, esperanças desvanecidas e aspirações goradas.

Como comecei, é só mais um dia mau...

19.1.09

Amores

A Enfermagem, o Cuidar. O descobrir-me e (re)descobrir-me dia após dia, estágio após estágio, matéria após matéria, sorriso após sorriso, recuperação após recuperação, lágrima após lágrima e sonho após sonho. Adoro aquilo que faço.

15.1.09

Tão verdade...

"A poesia é um sonho em letras que não são nossas.
A música é um sonho em que nos esforçamos sempre por roubar as letras."

Livros

"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

"Não te deixarei morrer David Crockett", Miguel Sousa Tavares

...sou como sou e, devo-o a quem (hoje) comigo caminha, como também a todas as ilusões (que sempre serão muitas) que me fizeram acordar, a pés que fizeram questão de me pisar (algumas vezes doeu muito), a abraços (que adoro) intemporais, e a dias em que o sol não me aqueceu...

O Amor é sempre algo de inebriante

Gosto de sentir que tenho um amor assim. Daqueles que parecem preencher-nos por completo não havendo nada mais que falte. As borboletas na barriga salpicam tudo como uma paleta de matizes harmoniosas, vivas e ternurentas. E as coisas menores tornam-se ínfimas.

31.12.08

Que o Novo Ano seja generoso. Em tudo. É o que desejo.

30.12.08

2008/2009

A. sempre quis ser feliz. Estar apaixonada, amar e sorrir muito. Conhecer, desbravar montanhas e ultrapassar barreiras, ir mais além e alcançar uma espécie de plenitude. Sempre quis correr atrás do pouco provável porque impossíveis não existem. Quis fazer muitas amizades, preencher o coração com muito amor e dar muito amor aos outros. Espalhar magia, ternura, amizade e vontade de viver. Quis sonhar a vida toda, fazer novas amizades e manter as que quer que perdurem. Quis aprender sempre mais, ajudar os outros e fazer voluntariado. Acalenta a esperança de um dia ser possível. Eramus colocou de parte, ficar a estudar onde ficou revelou-se uma boa surpresa e dá por si a sorrir. Afinal, os planos modificaram-se com o decorrer do ano, apaixonou-se e sente-se bem assim. Mas quer inovar, remodelar, apaixonar-se ainda mais. Por músicas, fotografias, livros, exposições, sorrisos, recantos, viagens, família, amigos, teatro, cinema... E em 2009 continua a querer tudo o que sempre quis. E no contexto da temporalidade pensa muitas vezes numa certeza que a leva a sorrir muito e a sentir o coração bem quentinho e aconchegado. É que afinal em diferentes contextos um dia pode corresponder a uma semana, e nesta ordem de ideias uma amizade ou qualquer outra espécie de sonho que A. acalenta, demora pouco mais que uns dias para ser consolidada. É possível investirmos nos outros mesmo que eles estejam longe de nós, desde que os queiramos manter perto de nós. Em 2009 A. vai fazer os possíveis para manter quem gosta, o que gosta e o que espera e supõe vir a gostar sempre por perto!
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3.9.08

A Vida

Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei quando nunca pensei decepcionar-me, mas também já decepcionei alguém.
Já abracei para proteger, já ri quando não podia rir, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, amado e não amei.
Já gritei e saltei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, sofri algumas vezes.
Já chorei a ouvir música e a ver fotografias, já liguei só para escutar uma voz, apaixonei-me por um sorriso, já pensei que ia morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial.
Mas vivi! E ainda vivo... Não passo pela vida! Vivo! É bom ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.

Charlie Chaplin

19.8.08

Se procurarmos e tentarmos ver o bom de cada situação ou peripécia quotidiana, acredito que haverá sempre uma saída. Depois de meses de vivência contínua com pessoas de todas as idades, indefesas algumas, saudosas, sozinhas e isoladas outras, todas elas me ensinaram que "amanhã é um novo dia". Embora me custe, é nisto que eu tenho que acreditar e, era isto que me fazia levantar todos os dias de manhã e me dava algum alento para as oito horas de trabalho que me esperavam. A convivência diária com os meus colegas, fez-me perceber que a empatia se estabelece e ocorre com base em confiança, entre-ajuda e respeito. Cumplicidade, inconformismo, vontade de aprender, orgulho, saber escutar e aprender a consentir mesmo que não concordemos faz parte do percurso académico e social. Quero muito ajudar, sentir-me útil e contribuir para o bem-estar de mim, daqueles que me rodeiam e estão mais próximos e de todos os outros com quem me cruzar. Estou certa de que todos temos uma missão, uma vocação para a qual seremos mais prendados e através da qual possamos sentir-nos realizados e dar graças pelo que possuimos. No meu entender, a grande riqueza da vida consiste em possuir saúde, amor, família, amigos, emprego e outros recursos que nos ajudem a adquirir estabilidade aos mais diversos niveís. A aparência, aquilo que está à vista nem sempre nos compromete mas algumas vezes ilude. Aprender a viver com os outros nem sempre é fácil, ser-se imparcial é muitas vezes difícil, mas a aprendizagem é constante e contínua, portanto novas etapas me esperam. Obrigada a quem comigo partilhou cinco meses e meio de momentos bons na sua maioria e alguns menos bons que foram atenuados pelo esforço recompensado.

28.4.08

Pérolas e Despertares


Cada sorriso, cada olhar, cada beijo teu é uma vitória inesperada, que me preenche quando me julgava já completa para o dia.
E aí, a vida irrompe em nós, e achamos possível corromper com essa energia todas as almas moribundas.

26.4.08

Regresso

Hoje apeteceu-me escrever. Não sei identificar qual a razão que me fez regressar ao espaço que deixei hibernar, não sei se as saudades apertaram demais ou se poderiam continuar adormecidas. Muitas coisas aconteceram desde que escrevi aqui pela última vez. Todavia, continuo a concordar com o Sebastião da Gama e a considerar-me uma sonhadora irremediável. Acho que quero mudar um pouco o estilo que aqui perenizava. Mas não sei se conseguirei deixar os meus devaneios de lado e partilhar somente as coisas de que mais gosto, aquilo que me preenche e dá prazer, que dá cor e leveza à vida. De qualquer forma, há uma sensação boa a rechear este regresso inesperado. E isso é bom. Digo eu.

19.9.07


Nunca são as coisas mais simples que aparecem quando as esperamos.
O que é mais simples como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se encontra no curso prevísivel da vida.
Porém, se nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos nos empurrou para fora do caminho habitual, então as coisas são outras.
Nada do que se espera transforma o que somos se não for isso: um desvio no olhar, ou a mão que se demora no teu ombro, forçando uma aproximação dos lábios.

Nuno Júdice in «Poesia Reunida»

17.8.07

Fazes-me Falta


Fazes-me falta. Saudades de te abraçar, de me perder de encontro ao teu peito, das tuas carícias nas minhas mãos, macias como a leveza de uma pluma, eu a sentir fecharem-se-me os olhos, num enleio suave, enquanto tu me beijas a testa e me sussuras ao ouvido. A cidade, os bancos de jardim, as conversas, os lugares percorridos autopsiados pela tua sensibilidade incomensurável, a música lá longe e a conversa a fluir, pacífica, serena, ardente. Sorrisos e mais sorrisos, as mãos dadas, os abraços, os beijos roubados e as borboletas na barriga. O aperto no peito na hora da despedida, o brilho nos meus grandes berlindes castanhos, num misto de comoção e desejo. A saudade de ti, de nós. Dolorosa.


para outro F da minha vida, este o meu tesouro*

A carta que chega tarde

Sabes agora que se passou mais de um ano sobre o que poderia ter sido a nossa história e que reli mensagens que ainda guardo tuas e também te revi e estive contigo acho que sei a razão pela qual não quis "avançar, para juntos, darmos sentido ao gostar-se um do outro". Tive medo do amor.
Tive medo da intensidade que cada palavra tua imprimia. Querias embriagar-me com as tuas frases, o teu amor que tanto tinha de viciante e convidativo. Quase conseguiste. Mas esperaste tempo demais ou então fui eu que mudei.

Eu poderia ter-te amado. Porque gostar de ti, sei que gostei. Foste e és-me ainda muito especial. Mas o amor recalcado que me ensombrava, as músicas, os locais que me faziam recordar esse amor, o mais marcante em mim talvez por ser o de adolescente iludida e deslumbrada impediram que a força e a coragem se transformassem em vontade e me levassem até ti, fazendo com o meu coração se abrisse para ti.
Porém, faltaram-me as palavras certas e defendi-me da pior maneira, magoando-te a ti. Fechei-me a ti, ao teu sentimento e a tudo de bom que ele (e tu) me poderiam ter trazido. E depois de algumas conversas e tentativas da tua parte, perdi-te. Não na totalidade nem para sempre, mas de certa forma uma parte de ti fechou-se para mim (porque eu quis dirás e, é verdade).

O que resta são as palavras que trocamos. Que nunca estarão gastas, e das quais, apesar de tudo, eu nunca me esquecerei. Nem de ti. Por isso, sabe-me tão bem pensar em nós no outro dia, numa noite quente na esplanada a tomar café e num passeio a colocar a conversa em dia, como bons amigos.

para um dos F da minha vida*

15.7.07

A nova do Jorge Palma


"Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim."

6.6.07

Guardiães de Tesouros


Passamos boa parte da nossa vida a quebrar correntes, a cortar cabos, a arrancar raízes, a ensaiar fugas de corredores apertados, escapadelas e desvios de caminhos sinuosos, apenas para chegar à sentinela que irá proteger o nosso tesouro. E quando o encontramos sentimo-nos em porto seguro, aconchegados, protegidos e em paz. Somos invadidos por uma serenidade inexplicável, incomensurável e uma alegria imensa. É nestas alturas, em que se dá o salto para o escuro, que deixamos de confiar o nosso tesouro só em nós, para o partilhamos com alguém, sob risco de se não o fizermos ficarem degraus por subir.

5.6.07

*sweet heart beat*

Eu só quero que voçê saiba
Que eu estou pensando em voçê
Agora e sempre mais

Eu só quero que voçê ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintoma de saudade
Tô pensando em voçê
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de voçê
Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
Eu só quero que voçê caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais

Eu só quero que voçê siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás
Tô com sintoma de saudade
Tô pensando em voçê
Como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de voçê
Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que voçê saiba
Que eu estou pensando em voçê
Mas, te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

A Sua, Marisa Monte