4.8.06

Corrida de Corações

Deu-se bem mais do que um tudo por tudo, que um último esforço e um último sprint na recta final. Ninguém fala, apenas se ouvem múrmurios delicados e temperados para que os sentimentos não se percam na imensidão que é uma boca. Os sentimentos são precisos mas as palavras que os exemplificariam e demonstrariam poderão não o ser. E de que vale um coração vazio numa corrida de corações? Nada. São como pés descalços numa maratona a desfazerem-se no asfalto a ferver. Onde só importa chegar ao fim sem falar, com os retalhos necessários, sem levar qualquer partilha e companheirismo na "bagagem", porque só interessa cumprir o objectivo. Por isso, tenho sorte. Juntamente com voçês sinto que chegamos ao fim sem ficarmos pelo caminho ou então trocarmos tudo por uma corrida de pés descalços, onde quem chega em primeiro perde. É também com os nossos corações cansados mas serenos na medida do possível, que sofremos e confortamos quem infelizmente tombou e pelo caminho ficou com pena nossa. E se alguma vez eu vos falhar, lembrem-se que não sou a Super-amiga nem o tento ser. Sou apenas a Ana Isabel, insegura, chorona, um pouco infantil, muito sonhadora que embora frágil quer sempre o melhor para vós.

começo a ficar nostálgica com as distâncias físicas que se vão interpor entre mim e algumas pessoas do (L)

1.8.06

Sabe bem (re)ler

"Existe sempre no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto ou no meio das grandes cidades. E quando essas pessoas se cruzam e os seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância, e só existe aquele momento e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do Sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gémea para cada pessoa, que trabalha, descansa e busca tesouros debaixo do Sol. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana."

O Alquimista

20.7.06

Cada vez tenho mais consciência que tenho que crescer. Sou muito lírica, muito poética, muito de retórica e muito de idealismos. Mas de que matéria são feitos os sonhos? De que matéria são feitas as opções de vida? As escolhas, as decisões que quer queiramos, quer não nos comprometerão para a vida.
Teremos emprego, poderemos contar com saídas profissionais? Poderemos optar pelas paixões que sempre alimentamos, pelos sonhos que sempre tivemos? Ou reduzimo-nos a escolhas que terão saída profissional futura, que dão garantias de independência financeira, que permitirão conquistar um lugar no mundo do trabalho?
Sou insegura. Muito. E pessimista. E tenho qualquer coisa que me impele a acumular sentimentos de culpa, que me consomem e me fazem sentir mal. Acho, penso, digo, sinto... e é tudo tão confuso que no fim fica um vazio. Daqui a menos de um mês tenho que apresentar uma candidatura de acesso ao ensino superior.
E candidatar-me ao quê? Aonde? Serei feliz nas escolhas? Deverei seguir a minha vontade de tirar Psicologia ou deverei reger-me pelos conselhos sábios e sinceros dos familiares e alguns amigos que insistem que estou a ingressar num curso para o desemprego? Ficarei a sentir-me mal? Saúde será uma opção? Enfermagem será uma boa escolha? E Jornalismo? E Ciências da Comunicação? E Reabilitação Psicomotora?
Acusam-me de ser indecisa, de nunca ter lutado por uma nota, de ter sempre dito que logo se veria... mas e agora?! Vazio, indecisão, confusão, tristeza e muitas lágrimas.

10.7.06

.,

"Dizeste-me vai fazer amanhã um mês que "é irónico que muitas vezes o importante fique por dizer, rodeado de incertezas, mas as coisas são o que quisermos". Cito-te porque esta frase marcou-me. Concordo contigo, as coisas são o que quisermos mas as mesmas têm inerente a si um rol indeterminável de limitações e/ou desvantagens. Os prós e os contras de qualquer ideia, de qualquer objectivo se assim posso dizer. E aqui, começam as confusões.
Muitas vezes, se quiseres e, para ser sincera demasiadas vezes, deixo pendente determinados assuntos que até à data me pareciam simples e factuais, mas que por uma razão inexplicável se tornam demasiado complexos. Idealizo demasiado as relações, as pessoas, as coisas, as situações e espero sempre ser surpreendida. Adoro a expectativa da resposta ao estímulo que está subjacente às minhas palavras e às minhas próprias acções. Sou matreira, demasiado enigmática para que me percebam à primeira, porque se me perceberem rapidamente poderão perceber o oposto passado uns tempos. Sofrerei de bipolaridade? Não sei.
Só sei que sou toda coração, que as minhas entranhas e vísceras se regulam pelas emoções, pelos afectos, pelos sonhos, pelos sentimentos. Entrego-me quase sem defesas, mas acabo por sair quase sem mazelas, e deixo-te a ti magoado, fragilizado e demasiado confuso. Entendo-te, ou pelo menos assim o tento. És tão racional, tão recto e tão prevísivel que quando me dizes que gostavas de por vezes, arriscar como eu, sou levada a sentir remorsos. Nunca te quis nem quero magoar. E, por isso estou tão mal, tão fechada em mim, tão nada, que nem me consigo abrir e desabafar com os que me são mais próximos, só consigo passar para o teclado de computador estas palavras estúpidas numa tentativa inútil de arranjar justificação para compreender o meu agir.
As minhas palavras nunca serão o retrato fiel do que eu gostaria e quereria dizer-te, mas quando me dizes que "as palavras não são o retrato fiel, mas amam-nos, odeiam e magoam, tal como as acções", um nó forma-se dentro da minha garganta... Como?!... Como explicar-te por palavras que mesmo sem querer, cai na tentação de te iludir, de te começar a afastar de um lugar especial do lado esquerdo do peito que parecia destinado a ti, porque me apercebi que não era isto que eu queria para mim (para ti, para nós). Desculpa-me.
Perdoa-me, talvez seja a expressão verbal que deva sair dos meus lábios. Nunca quis brincar contigo, nem iludir-te, nem esperar que te apaixonasses por mim para depois te dizer que afinal eu não sentia o mesmo por ti. Tenho consciência que nunca to disse, mas tenho medo de indirectamente o teres percebido... às vezes, nas entrelinhas perdem-se tantos dizeres...
E agora? Agora queria apagar tudo, ser "tábua rasa" novamente, e voltar ao que eramos. Queria retomar o há-vontade, a confiança, a cumplicidade que tanto caracterizava as nossas conversas e peripécias do correr quotidiano. Mas, por enquanto parece-me demasiado díficil. Sinto necessidade de me afastar por uns tempos, acho que me fará bem e a ti também. Espero sentir-me outra vez "eu", poder estar contigo naturalmente dentro em breve. Prometo que não te deixo sem notícias... prometo. É a única certeza convicta que te posso oferecer neste momento."

Com afecto,
Ana

3.7.06

.4.


Será que a gente ainda será

A velha estória de amor que sempre acaba bem, meu bem
Meio demodé p´ra hoje em dia
Antigamente tudo era bem mais chique

Porque a gente nem sabe porquê
Mas acontece que eu nasci p´ra ser só de você
É claro que a sorte também ajudou
Ultimamente, um romance dura pouco

Cola, seu rosto no meu rosto
Enrola, seu corpo no meu corpo
Agora, está na hora de dançar...

Rita Lee

9.6.06

Nunca se volta.


O que significa voltar? Procurar um lugar onde se esteve antes de partir mas a que já não se pode regressar, porque simplesmente já não existe.
Já não existe porque o tempo exerceu sobre ele o seu efeito transformador. Se não o fez sobre o que ficou, transformou seguramente quem partiu.
Basta pensar que os cheiros, as pessoas, os rostos, as expressões, os sentimentos se transformam quando voltamos a um determinado lugar do passado. É verdade, que há coisas que nunca mudam, mas se as coisas não mudam as pessoas em oposição, estão em constante mudança num estado de desenvolvimento crescente.
Esta evolução é a essência de sabermos que em cada hora, algo novo nos é acrescido, quer seja um ensinamento quer seja um sentimento... Cada hora de vivência deve significar uma hora de maior esclarecimento. E quando se percebe melhor o conteúdo de palavras como saudade, amizade, entrega, amor ou brevidade, simplesmente não se regressa, chega-se como pela primeira vez.

26.5.06

.3.

This is what i´ve learned so far
Everything is grey
Few things are forever and it hurts when good things fade
You can´t be my everything
And i´m not half of you
But you can make it all worth while and that´s why i love you...

When you look at me, am i incomplete
And i am missing something everybody else can clearly see
When you look at me...

I have tasted happiness
The innocence of joy
Do we pay a price for every moment we enjoy
I could make you promises
But even i can´t say if everything i feel for you
Will never go away

When you look at me, am i incomplete
And i am missing something everybody else can clearly see
When you look at me...

Will you be my everything, maybe just this time
We can really think that i am yours
And you are mine
I am yours and you are mine...

16.5.06

Coração


Sim, porque apesar de tudo, apesar de tudo o que eu, tu e o "nós&outros" sabe, eu acredito que o amor existe. Sim, acredito nele, tal como acredito nas paixões. E se querem que vos diga, paixões há muitas mas amor, amor há só um.
E sei que ambos fazem sofrer. Mesmo muito. Poder-nos-ão levar a ultrapassar os nossos próprios limites, quebrar barreiras, alcançar metas imaginárias, mas nele (no amor) nada é impossível, só algumas coisas se apresentam como pouco prováveis. Levar-nos-á também a colocar em causa os nossos princípios que por vezes, esmiuçamos até não restar convicção alguma.
Mas também nos fazem sorrir. E preenchem-nos, enchem-nos e completam-nos. Chamem-me emocional, sonhadora, idealista, lamechas e mais uns quantos adjectivos do género, não me importo. Ainda acredito na partilha e entrega de um espaço, de um tempo vivido a dois, de um sentimento, de um (só) coração.
Porque sim, é o que realmente dizem. São as emoções e os sentimentos que fazem girar o meu mundo... são elas que me fazem viver: sentir, sorrir, chorar, rir, cair, levantar, continuar e quem sabe recomeçar.
Ainda acredito que é possível viver um conto de fadas, uma paixão avassaladora, um amor no qual se acredite, pelo qual se lute com a certeza de que embora tudo seja efémero, ele poderá durar para sempre, resistindo ao frio, à chuva, ao vento, ao calor e ao próprio Homem. Não deixem voçês de acreditar também...

13.5.06

.2.

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentido cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo o que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer
Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais

2.5.06

.1.

Hey guy - you´re the one for me
Your face - the sweethest thing i´ve ever seen
Stop by - dedicate to me
Your time - your time

At night - it really gets to me
I find nobody is here with me
Stop by - say you´ll stay with me
You´re the one i really miss

Every single day - single hour
I can see your face - single day
Every single day - single hour
I can see your face - single day
Every single day - single hour
I can see your face - single day
Every single day - single hour
I can see your face - single day

Hey guy - you´re the one for me
Those eyes - the loveliest i´ve haver seen
Stop by - just to say to me
You´re mine - you´re mine

This time lay some love on me
I´m blind - to anything surrounding me
So fine when you´re next to me

You´re the one i can´t resist

1.5.06

Ao olhar hoje para as tuas fotografias deparei comigo a cair numa vertigem fria de sentimentos e recordações. Sabes, é comum eu apaixonar-me muitas vezes ao dia, demasiadas vezes se assim se pode dizer e, é sempre por muitas pessoas, por muitas coisas, por muitos momentos, por muitas músicas. Sigo quase sempre os meus impulsos para o bem e para o mal e penso em tantas coisas ao mesmo tempo que as palavras não chegam para tudo. A mesma coisa acontece quando inicio em simultâneo mais que um projecto, que ficam pendentes, porque entretanto descobri outros, ainda melhores e, é a esses que me dedico.
Tu não és nem nunca foste um projecto. Mas eu apaixonei-me por ti, pela praia, pela noite, pelo ambiente, pelo nascer do sol. Assim, sei que fiquei presa a ti embora me tenhas atado mas não me tenhas prendido... Deixaste-me escapar porque nunca me quiseste ter e, eu é que interpretei as coisas mal. Hábito comum também à minha pessoa. É como as músicas. Há letras que só me caem dos dedos quando a mudança espreita e há frases que só percebo quando algo me falta. Há músicas que só canto na minha tristeza e melancolia e há momentos em que desejo recuperar os estados de espírito que deixaram saudades.
Queria recuperar-te agora. Não sei bem porquê, porque desconfio que a conversa acabaria por não fluir, mas mesmo assim, era bom ter-te por perto. Poderia dizer-te que para mim, tens um cartaz invísivel colado na testa: "Cuidado, não te aproximes que eu não saberei colar os pedaços que partirei em ti." Colado na testa e subentendido no olhar e no sorriso matreiro. A minha atracção inevitável pelo abismo poder-se-á explicar se eu conseguir observar na 3ª pessoa a minha relação contigo.

20.4.06

flpj

Fica. Fica só mais um pouco, fica só mais um pouco neste momento perfeito. Só assim poderemos apreciar os primeiros raios de sol da manhã clara, o primeiro nascer do sol que os meus e os teus momentos têm (talvez o único). E a manhã corre. E o dia passa. O tempo escoa e entre nós as palavras não acabam, os abraços não cessam, os sorrisos não se perdem, os olhares não se acalmam e as mãos não serenam. É disto que a nossa vida é feita... Destas pequenas particularidades que nos preenchem (e preenchem tanto).

Fica. Fica só mais um pouco, fica só mais um pouco neste momento perfeito. É que hoje, hoje é o último dia...

13.4.06

Dia Bom

Hoje acordei tarde, deixei-me dormitar ao de leve, sonhei contigo durante toda a manhã, não consegui saltar para fora da cama mas também não me entreguei a ela sem resistência. Enrolei-me aos lençóis como se eles fossem os teus braços, simbolizassem os teus abraços. Enrolei-me tanto que no enleio parecia que eles me queriam abraçar de uma forma tão nobre e doce, que era eu que os moldava ao meu próprio corpo. Abraçei-os, abraçei-te, rebolei neles e senti a tua face. Um pouco áspera (talvez devido à barba por fazer), que me fez cocégas e me soube bem. Por entre as pernas, os lençóis, uns e outros entrelaçados, tanto que já não sabia quem seria mais suave, se eles se tu, se eu se eles, se a minha idealização de ti ou simplesmente a minha fantasia de ti. Abri os olhos no escuro e por entre as frechas da presiana vislumbrei um dia soalheiro, que me encheu o peito. O sol intrometeu-se no quarto e fez-me pensar que foi pecado ficar na cama com o dia lindo que está lá fora. Mas não faz mal. Acordei bem. Sem me preocupar demasiado com o facto de te dares tanto e tão bem à minha memória... Lentamente vou costurando os retalhos do meu coração com linhas de sossego. Às vezes precisamos somente disso. De saber que as coisas têm o rumo inevitável, como os dias se sucedem às noites, como as estações do ano, como as fases da lua, como as marés, como a vida e a morte. Reconciliação. Acho que é a palavra mais serena que consigo encontrar para mim, hoje. E, é também, uma palavra recorrente na Páscoa.

12.4.06

!

Perdida por ti, preciso de me perder em ti ou de ti.

19.3.06

"Gosto"

Gosto de te ver a rir e a brincar, gosto do teu cheiro e do teu olhar, gosto de te ter sempre perto e de sentir que tudo está certo, de saber que afinal vale a pena acreditar que um dia a paz acaba por chegar, que não há esperas vãs nem dias perdidos, que todas as noites são de lua cheia e todas as manhãs estão cheias de ti, meu amor, quero-te, quero-te, quero-te.
Por isso abre as mãos e o peito, deixa-me ficar para sempre lá dentro, guarda-me em ti e espera sem esperar a cada dia que passar, que este meu amor intenso, doce e intemporal resista ao tempo, resista ao medo, resista ao mundo, resista a tudo e não precise de mais nada a não ser de TI, tu que és princípio e fim, que estás no meio de tudo, que atravessas a vida de mão dada comigo, tu de quem eu gosto, gosto, gosto.

Margarida Rebelo Pinto

26.2.06

(L)-te

O melhor que em nós existe não é nosso. Não depende de avaliações, porque não resulta daquilo que sabemos, do que conquistámos ou do que podemos apropriar-nos. Por isso, amar é dar o melhor de nós mesmos. Quanto mais usufrímos do que somos e temos, sem reclamar pelo que não nos é dado, mais inteiros estamos e mais verdadeiro pode ser o amor, que através de nós, se espalha.
Há uma grande diferença entre apreciar a companhia de alguém e amar essa pessoa: olhá-la tal como ela é, independentemente do lugar que ocupa no mundo, da forma como orienta a sua vida e do facto de nos ser útil seja em que campo for. Por conseguinte, só a partir desta consciência, desta linha, ténue na maioria das vezes, que separa ambos os factos, percebemos que, para que o verdadeiro amor possa fluir por entre as malhas e incertezas da nossa vida, temos de ir aprendendo a despojar-nos da necessidade de pessoas que apenas gostem de estar conosco.
Embora, não possua grandes filosofias e experiências de vida, tenho a minha própria concepçcão sobre o amor. O verdadeiro, aquele que nos ensina, nos estimula, regenera e faz viver feliz, é o que sai de nós, por si só. É ao mantermos o nosso coração aberto que os outros podem recebê-lo, porque o verdadeiro amor é algo que, ao transbordar, preenche espaços vazios não porque o vazio o atraia, mas por ser inesgotável.
Em suma, é através da nossa pequenez que podemos dar e receber algo de grandioso, de ilimitado, de sem fim. Amar é essa abertura total do coração que nos permite deixarmo-nos assim conduzir. E, é por isso, e para isso, que importa dizer de forma tranquila e serena: Isto é o que eu sou. Hoje. E é para esta pessoa - não para nenhuma outra idealizada - que tenho de olhar sem fugir de nada que dela faça parte. Porque só aprendendo a amá-la cada vez com menos medo, poderei espalhar à minha volta, cada vez mais, o amor sem fim que em mim existe e que é, precisamente, o que me faz ser aquilo que sou. Hoje, amanhã e por aí adiante.

adaptado de "outra porta", por Maria José Costa Félix, Revista Xis

19.2.06

Estupidamente irresistível

- És tão formal...
- Porque é que dizes isso?
- É a forma como falas, como te explicas, medes e ponderas todas as palavras antes de dizeres alguma coisa...és muito sério.
- Pois, talvez seja. Mas isso é necessário, não achas?
- Acho, claro que acho. Moderação qb é sempre precisa. Senão estarias sempre a escorregar, a tropeçar nas malhas do coração e a dizer parvoiçes como eu...
- Parvoiçes?!
- Sim, do género da que te disse ainda à instantes...
- Aquela teoria estranha? (esboça um sorriso sarcástico e irónico)
- Não é estranha. Faz simplesmente sentido. Se eu soubesse porque é que gosto tanto de ti não gostava, entendes? É como te digo, gosta-se e pronto.

17.2.06


Eu quero estar lá quando tu tiveres de olhar para trás. Sempre quero ouvir aquilo que guardaste para dizer no fim. Eu não te posso dar aquilo que nunca tive de ti, mas não te vou negar a visita às ruínas que deixaste em mim. Se o nosso amor é um combate então que ganhe a melhor parte. O chão que pisas sou eu. O nosso amor morreu quem o matou fui eu.

Amor Combate*

16.2.06


Não disse nada porque não havia nada para dizer, amordacei as horas por preencher. Não disse nada porque não havia nada para dizer, eventualmente o peito deixa de doer. Hoje toquei num avião sem tirar os pés do chão. Não me deixes ver. Para além de ti não faz sentido.

Linda Martini, Lição de Voo nº1

10.2.06

Agradecimento/Desafio

Quero deixar uma palavra, um simples gesto, mas talvez capaz de resumir e esboçar aquilo que sinto, áqueles que lhes é dirigido, o meu total agradecimento pelas palavras (também elas simples) que por aqui deixam. Não sei, se sabem o que isso significa para mim, mas em todo o caso significa muito e, em muitos casos, as palavras enchem-me e preenchem-me. Obrigada. Um agradecimento particular à Rita do gxxvn e à segurademim.


E agora o desafio:

A segurademim, desafiou-me a enumerar cinco dos meus hábitos mais estranhos. Bem, confesso que tenho imensas manias ditas estranhas, mas aqui vão as que me ocorrem no momento:

1. Ler sempre a última frase de cada livro que leio. E se achar interessante e cativante, leio mais um pouco e "saltito" por entre as páginas, seguindo muito poucas vezes, a ordem dos capítulos.

2. Aumentar o volume da aparelhagem, do rádio do carro, do leitor de cd´s e afins, sempre que passa uma das minhas músicas preferidas. E cantá-la bem alto tendo consciência que a minha voz é uma completa cana rachada.

3. Apagar sempre, sempre sempre as "beatas" ou pontas dos cigarros que as pessoas inadvertidamente deitam para o chão.

4. Elogiar as pessoas, tecer-lhes comentários, favoráveis ou desfavoráveis admito, quase sempre no momento em que passam por mim. O que por vezes pode ser entendido da forma errada, mesmo que tenha sido dito com a melhor das intenções.

5. Enrolar aquele caracol que teima em estar fora do sítio (acabei de fazê-lo agorinha); ter sempre as persianas, portadas ou como lhes quiserem chamar meio entreabertas, mas mais ao cair para o fechadas nos horários das refeições, porque tenho sempre a vaga sensação de que os outros inquilinos dos prédios da frente poderão observar-me.

E agora, não passo o desafio a ninguém em particular. Quem quiser responder ou continuar enumerando cinco dos seus hábitos mais estranhos está à vontade. Eu só posso dizer-vos que até é divertido. *