5.10.11

Para ti.

´Gosto de ti como és. E pelo que és, também. És a pessoa que melhor me conhece, aquela que me faz rir da forma mais genuína e me fortalece como nenhuma outra. És a alegria dos dias que passam, a serenidade das noites de aconchego, o riso cúmplice, o prazer desmedido forjado na cama e a preocupação constante. Porque amar-te também é isso, esta inquietação de te querer bem. E quero-te bem em todos os instantes.
Quanto gosto do cheiro do teu pescoço, do perfume que me envolve os sentidos, da textura dos teus abraços, da maciez da tua pele, da tua barba e do toque dos teus lábios. Gosto de ter ver a dormir e acordar. Gosto do teu timbre, do teu olhar luzidio e do sorriso. Gosto tanto do teu sorriso e das tuas palavras. Da forma como as empregas e de como me acariciam. Gosto do teu peito e de encostar a cabeça nele. Gosto de adormecer assim ao som dos batimentos cardíacos. Os teus. Gosto que te lembres de mim e gosto dos teus presentes. Gosto de sentir as tuas mãos na minha barriga e de quando me arrepias.
E, é indiscutível que parte, grande parte, da mulher em que me estou a tornar e que sou hoje, foi moldada no teu aconchego. Dos teus braços, da tua pele e do teu cheiro. Repito-me, mas é verdade. Contigo percebi o amor em plenitude. Que ele também vem em espasmos e sussuros, que há sentidos que vão mais além do toque, que o prazer acossa-nos e que o limite é a aceitação das partes. E depois vem a ternura. A ternura dos afectos espelhada em cada olhar. Em cada "amo-te muito" seguido de um abraço onde se sente o bater sincronizado do coração. O prazer ritmado. E a cumplicidade de quem se lê e se entende nas entrelinhas. No que não se disse mas pensou. No que se quer mas não se confessou. E a serenidade. O saber esperar pelo outro. E a impaciência e o querer tudo e agora. E a certeza. A certeza de que uma relação destas é assim uma coisa que só acontece muito de vez em quando. E, eu tenho a sorte de te ter. De partilhá-lo contigo. Todos os dias.´

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